quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Terra sofreu um ataque espacial há 8 anos!

Concepção artística da explosão da magnetar em 2007. Fonte: NASA

Se fosse hoje, milhões de vigaristas andariam a proclamar em websites pseudos que a vida na Terra iria ser destruída.
Mas não foi hoje.
Foi a 27 de Dezembro de 2004 que a Terra sobreviveu ao maior ataque espacial da era Humana.
Veio da constelação Sagitário, a cerca de 50.000 anos-luz de distância.
Durou apenas alguns décimos de segundo, mas difundiu tanta energia como o Sol durante meio milhão de anos…
Alguns satélites que orbitavam a Terra ficaram fritos e viram-se auroras fantásticas nos céus da Terra.
A Terra tinha levado um enorme murro energético… de raios gama.
E, por incrível que pareça, o autor deste “murro” estava a 50.000 anos-luz! Ou seja, incrivelmente longe! E mesmo assim, conseguiu produzir um “murro” poderosíssimo.
A fonte deste ataque invisível foi a magnetar SGR 1806-20, que se encontra do outro lado da nossa galáxia.
Uma Magnetar é um pulsar, uma estrela de neutrões com campos magnéticos 1.000 vezes superiores aos pulsares “normais” e que podem ser 1.000.000.000.000.000 vezes superiores ao campo magnético da Terra!
Na altura do “estouro”, estas magnetars produzem terramotos violentíssimos (23 na escala de Richter!), que provocam a erupção de energia.
Emitem raios energéticos, de raios X e raios gama, tão poderosos que arrasam tudo numa distância de alguns anos-luz.


A 19 de Março de 2008, outro ataque: os nossos satélites registaram uma dessas explosões quase direccionadas para a Terra… “cegando” alguns desses satélites.
Foi chamada de GRB 080319B, e foi visível até para os olhos humanos.
A estrela “moribunda” que deu origem a este “flagelo” encontrava-se a mais de 7 mil milhões de anos-luz de distância.
Felizmente para a Terra, as fontes de emissões de poderosas explosões de raios gama parecem estar todas muito longe…
As explosões de raios-gama são as maiores explosões que se conhecem no Universo. A maioria ocorre quando estrelas massivas “morrem” e transformam-se em buracos negros ou pulsares. Produzem “jactos” que são expelidos por todo o Universo.
Como a Terra é um minúsculo grão de poeira, o mais normal é que nem demos por esses jactos. Mas por vezes temos “sorte” e eles vêm mesmo alinhados connosco.

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